quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Entre dois mundos

Entre o real e o abstrato
Curvou-se à delicadeza da face alheia!
Que lugar é este por onde ousa percorrer?!
O mundo é cheio de mundos, e alguns mudos mudam a rota da história!
Outros... nem derrota, nem glória!
Fui embora do meu próprio lar
Lugar pequeno que não me cabia
Mas caberia na incerteza de um novo horizonte?!
As grades e os grilos fazem-me lembrar onde ficam os limites
A barreira que separa o normal do patológico é tênue
Qual a diferença entre ser e estar?
Estou agora a um passo da precisão exata que separa o mundo daqui do mundo de lá...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

E o fim...

Enfim
O fim se anuncia no final do corredor!!!
Perdi a senha, o sapato, o rebolado!
Assassinei a língua, senti doer a íngua
Igual a ninguém, jamais!!!
Alguém há de se assemelhar a este instante!!!
No momento retorno da partida
Deixei partirem meu coração!
Mas não, agora chega! Basta!!!
Bastão! Bastam umas doses e um Prozac!
Nada de Platão!
Plutão!
Que planeta é esse?! – Não é mais!
Era! Já era!!!
A nova era se anunciou, e a ira de quem irá enfrentar os novos cometas e gametas, dinossauro não será!
E sertão ficou o terreno estéreo!
Enfim, a saída é no final do corredor...

sábado, 19 de novembro de 2011

Mulher Ideal

Hoje, navegando por mares não muito praticados, compartilho uma dor que também é minha, pela voz de Alcione, quem diria, digo o que não dizia!
Diria talvez que devia
Talvez devesse, talvez pudesse
Talvez desse
Como não, então digo:
- Desce desse altar e vai abraçar sua companheira solidão!


Mulher Ideal
Alcione

Eu sou aquilo que sou, e se quiser me mudar
Você vai se arrepender, pois foi assim que gostou
Foi desse jeito que amou, além do bem e do mal
Sou a mulher ideal
Não adianta fugir, não adianta correr,
Me procurar por ai, você não vai encontrar
Melhor você se entregar, melhor você desistir
O seu lugar é aqui
As loucuras que eu fiz pra te satisfazer
Só pra te ver feliz, pra te dar mais prazer
Um banquete de amor que eu quis te oferecer
Sem vergonha e sem medo
Você não entendeu, você não deu valor
Você desmereceu, minha prova de amor
Mas, se alguém foi vulgar, esse alguém não fui eu
Teu desejo pediu, meu amor atendeu
De coração tão puro, eu mergulhei no escuro
E por mais que procure uma outra igual
Pra você serei sempre a mulher ideal
De coração tão puro, eu mergulhei no escuro
E me entreguei como nunca, jamais me entreguei
Só eu sei dos limites que ultrapassei
De tanto que eu te amei

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sobre a loucura




Inconsciente
Inconsistente
Ente querido se foi
Entre na mente de um louco...
Em pouco você se acostuma!
E começa a achar estranho o normal
“Você está desatualizado”
“Venha como paciente um dia”
“É bom!”
Enfim...
A parte de vida que vivi se parece com um lago, em dias de chuva e de brisa!
Vago...
Vagão! Vão!!!
“Espero que vocês vão, mas sem ser em vão!”
Mas vão ficar na beira da estrada, em algum momento, com o polegar opositor apostando todas as fichas na próxima carona!
A vida é assim...
Uma hora no trem, outra no avião...
Uma hora no vai, outra no vão!
E nem assim tem razão de ser!
Entre na mente de um louco...
Em pouco tempo você se acostuma!

Doce e amargo

Se for beber do fel, leve na mala um pouco do mel!
Posso derramar todo o meu veneno,
É apenas uma arma de defesa...
Cão de rua não se dá ao carinho!
Se for beber do mel, não esqueça o fel!
Meu ferrão é pequeno, mas pode iludir...
Não são doces todas as ilusões!
Agridoce
Equilibre-se na corda bamba da vida
Porque bamba a vida ficou no primeiro suspiro!

Saia do meu caminho, eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decido a minha vida.
Não preciso que me digam, de que lado nasce o sol
Porque bate lá o meu coração.
Sonho e escrevo em letras grandes de novo
pelos muros do país.
João, o tempo, andou mexendo com a gente sim.
John, eu não esqueço, a felicidade é uma arma quente
Queeeeeente, queeeeeente....
Saia do meu caminho, eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decido a minha vida.
Não preciso que me digam, de que lado nasce o sol
Porque bate lá o meu coração.
Sob a luz do teu cigarro na cama,
Teu rosto rouge, teu batom me diz
João, o tempo andou mexendo com a gente sim
John, eu nao esqueço(oh no, oh no), a felicidade é uma arma quente,
Queeeeeente, queeeeente.


Belchior
Saia do meu caminho

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Nos labirintos da vida!

No labirinto
Ite, ite, ite...
Eco!
Eco, eco, eco... que nojo!
Nojento sapo em sanguia desatada a me atordoar...
A arte de engolir sapos...
Inflamou meu labirinto, por isso virou ite, o mundo gira mesmo comigo parada, e agora literalmente...
É difícil olhar as teclas e a tela, teclado...
Minha mão também está dormente, será mais um sintoma?!
Sinto... oma! Ama!
Coma... carma!
Coma seus grilos, não coma seus sapos!
Como aprendiz de verniz, aprendi a envernizar as coisas
Mas, às vezes, infernizo!
Trocando uma ou outra letra de lugar!
Qual o lugar certo de cada coisa?!
Bom, na verdade não sei...
Mas sei que se meu barco estiver em alto mar, está o mar em tormenta!
Tudo gira...
Nada está no lugar!

domingo, 6 de novembro de 2011

Élégance

“Há muito tempo que eu já dizia
Toda essa cifra não te garante
Você não sabe arte de saber andar
Nem de salto alto, nem de escada rolante



Sua vida não tem muito sentido
Sempre em dia com o seu atraso
Mas e daí ela se acha tão chic
Troca seu destino por qualquer acaso



E perdeu a pose...”



Definitivamente: Elegância não se compra!
Não que eu seja uma pessoa absolutamente elegante, mas perder a pose é uma coisa terrível!
Glória Kalil fala algo sobre isso, o Lobão canta sobre isso, muita gente grita sobre isso, e outras tantas mais, ensurdecem sobre isso!
Fingem que não estão entendendo, ou não entendem mesmo.
Desagradável...
Ainda vou aprender a falar mais baixo, a calar quando tiver que calar, e a usar as palavras certas quando tiver que falar...
Mas decadência não!
Enfim, viva a Elegância, aquela que não se paga, que não tem preço, e que sim, pode ser aprendida, desenvolvida e praticada!