quarta-feira, 10 de março de 2010

No escuro, e no profundo...


Na madrugada as palavras rolam soltas...
Os pensamentos...
Quando está escuro é mais fácil despir-se de máscaras
A intimidade é algo tão particular que nem sempre é possível expressá-la à luz do dia!
Um raio... um feixe de luz...
Qualquer claridade pode ofuscar as coisas que na escuridão estariam descobertas
Porque as vezes é necessário ver além dos olhos...
É preciso sentir, às vezes, com a ponta dos dedos...
Com o faro... com o paladar...
No arrepio da pele...
Além dos olhos...
Escutar o que as palavras não dizem, e o gestos não são capazes de expressar
Às vezes, palavras soltas...
Sem sentido ou significado algum...
O que não é possível descrever nem em confessionários!
Ir além das crenças, das aparências, da imaginação!
...
Algumas pessoas são estranhas e misteriosamente encantadoras
Outras simples, e pateticamente previsíveis...
O que é possível descobrir nas trevas do que ninguém vê?
...
Atiro melhor no escuro!
Estranho!
A mira ou a direção?!
O alvo...
...
Sempre atirando no escuro!
...
Mesmo que o corpo estivesse em queda livre no abismo infinito das declarações infundadas sobre a lógica do existir, estaria flutuando lépida...
Porque não há lógica nas explicações!
E infundada continuo, porque também sinto um peso imenso na idéia de fundar meus degraus, meus princípios...
Então caminho num terreno sinuoso, instável, entre cristas e vales...
Mergulho vez ou outra em lagos desconhecidos, na simples intenção de descobrir...
E com a ponta dos dedos descubro coisas novas
Com a ponta da língua experimento novos sabores
E com a ponta da alma percebo novas sensações
Porque com a alma, experimentar profundo, é quase impossível!

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