Assim como a todas as outras pessoas!
No entanto, amamos de forma disforme
Deformando o sentido estrito da palavra
E queremos dilacerar a carne, e caber dentro do peito alheio
Quando não cabemos em nós mesmos
Quando não amamos a nós mesmos!
A mim, foi dada a oportunidade de dizer, palavra por palavra, o que pensava
E pensei em ser sincera!
Em ser honesta!
E fui...
Como uma fera!
E acabei ferindo ouvidos alheios
Falei como esperava que me falassem
Amei como esperava que me amassem
E me perdi, como jamais pensei que poderia
E descobri que nunca saberemos como amar ou como falar
E que a fala, muitas vezes, contradiz o amor
E que o amor, é uma coisa que cala!
...
Assim, depois de tudo, sobrou o silêncio
E a dúvida, se aquilo tudo foi amor, ou apenas palavra!