terça-feira, 21 de maio de 2013

Desertos que criamos...


Resolvemos mudar nossos hábitos
Gostos, paladares
Mas não mudamos nossos olhares, milenares, sobre nós
Humanos!
Resolvemos tirar a roupa, pintar a cara...
Resolvemos mudar o ciclo, o vício, o ritmo...
Tiramos tudo do lugar...
Imaginamos que seríamos capazes de reconfigurar o funcionamento das estações...
No entanto, estacionamos!
Caminhamos, hoje, cheios de olhares vazios
Cheios de incertezas, da única certeza que temos
E dessa vez, não podemos dizer que nada mudou
Mudou tudo, mudou tanto, que nada mais tem seu lugar!
Aprendemos a aceitar as diferenças, a diversidade
Mas não conseguimos lidar com o vazio que criamos dentro de nós!
Certas coisas não mudam...
Mas mantemos resistência, querendo garantir uma ambição que talvez nunca tenha sido nossa!
Eu não pedi por esta configuração
Quero flores na primavera, quero sol no verão...
Mas mudou tanto, que no deserto que criamos só há inverno
E tornou-se um inferno viver sem estação!

Um comentário:

  1. O pior é uma lei: sobrevive quem melhor se adpta.
    Colhemos flores no outono, praia no inverno, frutas no verão e céu cinza na primavera.

    Os ventos indicam mudanças e mudanças gritam para a amigdala sinais de perigo.

    Parece vazio o que é só página em branco.
    A caneta e a palheta de cores está ao lado.

    ResponderExcluir