segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Feliz em preto e branco



Ficará difícil, por um tempo, lidar com meus humores, meus rumores, minhas sinas, meus sinais...
Ficará composto aquilo que era simples
A emoção à flor da pele, a pele à flor do desespero, o desespero à flor do pranto, o pranto à beira do abismo!
Firme, em frente...
Seguirei! Porque é inevitável seguir...
Mas ahh... se eu pudesse!
Se eu pudesse faria tudo diferente...
Seríamos dois, três, quatro, quantos fossem necessários...
Se eu pudesse escolher a cor do dia, todo dia amanheceria azul, entardeceria rosáceo e escureceria de estrelas!
Se eu pudesse escolher, minha vida se encolheria aos momentos felizes, fugazes, ferozes em que não tive que escolher entre acertar ou errar, pude escolher apenas ser...
Ser eu, eu e você...
Apesar de tudo, serei feliz, seremos, serenos...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Carnaval

"Carnaval, carnaval
Eu fico triste quando chega o carnaval"
Luiz Melodia
Carnal
Carnaval
Canavalesco uma vez por ano
Nestes dias, circulam pelas veias vendavais carnais
Terras Brasilis...
Nas águas de cá, tudo é carnal
Tudo é quente, tudo é gente
E a gente pinta a cara, a gente pinta a capa
A gente se veste, a gente se despe
Se despede de toda tristeza...

Carnaveamos anualmente
Com vontades de carnavear diariamente
A gente cria, fantasia, confetes e serpentinas
A gente finge, desfinge, refinge
A gente ri e chora

Carnaval
Carnavelare...
Retiramos a carne
Retiramos da carne, o carma
E voltamos para a cama como crianças
Profanas...

E o ano novo então começa
E começamos nossas vidas novas
Felizes, ou não
Mas novos, renovados
Carnaveados...
Sem carne
Nus

Prontos para uma nova roupagem!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Verão de gesso!



Coisas estranhas acontecem na vida da gente, o tempo todo!
Era verão!
Temperaturas elevadas
Mesmo quando chovia, nada amenizava os ânimos...
Então, por causa disso, talvez...
Ela despencou...
Quebrou o braço, e a cara (algumas coisas no sentido figurado, talvez...)
Restou-lhe então, da memória dos dias de festa, um gesso em branco
E nesse gesso ela podia compor, criar...
Restara-lhe passar o resto do verão pensando:
Como fui me descuidar assim?!
As consequências, apesar de tudo, não eram as que esperava...
Então...
Agora resta esperar que se colem os ossos dos braço, da cara, da alma, talvez...
Colorir o gesso branco...
Compor os dias quietos que se anunciam e esperar...
Que outros verões venham...
Talvez mais quentes!
Mais vivos...

Um gesso vermelho, talvez, fique bem!