segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A dor e ser!




Às vezes adoeço
Estremeço
Mas não meço as palavras!
Extremo...
Espremo, com as mãos, o sumo da vida!
E escorre por entre os dedos, e corre pelas veias...
E me lambuzo de um amargo-doce
A vida tem seu sabor, e ela não me escapa, ela me inunda...
Afoga-me pelas frestas dos dedos!
Adoecer é ser na dor!!!
A vida é mais sutil que isso...
As palavras também...
E ambas vão...
De norte a sul...
Aos extremos!
Da dor que não quero ser!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Boneco de lata!



“Quem com ferro fere, com ferro será ferido”!
Não posso lamentar minha sorte
Dizer que não colhi o que plantei!!!
Meus heróis não morreram de overdose,
Nem de dor de amor!
Meu pai tinha o coração grande,
Que não cabia no peito!
E eu, queria que meu peito explodisse!
Enfim, depois de mais um maço de cigarros
A cigarra parou de cantar!
Faz frio, e cigarras não cantam no frio!
E o frio não é suficiente para congelar a alma!
Mas fiz uma promessa!!!
Prometi que depois do último desse maço, não haveria o primeiro do seguinte!
Pra quê a gente faz promessas?!
Pra se sentir culpado depois quando quebra as promessas?!
Ou por que não tem coragem de assumir algo, e precisa prometer pra ter o que se cobrar?!
Em Engenheiros tem um trecho assim:
“Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho
Eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho”
A palavra chave: metal!
Se eu fosse de ferro, como você pensa, eu teria a força que você acredita que eu tenho...
Mas...
Ai a música conclui:
“Somos o que há de melhor, somos o que dá pra fazer
O que não dá pra evitar, e não se pode esconder (escolher)”
Eu não sou de ferro!
Não sou o homem de lata!
Nem o de feno!
Enfim, sou humana, e humano fede!
Principalmente com feridas abertas...
Apenas me esqueçam em mim, na minha dor!
Obrigada!

sábado, 15 de outubro de 2011

Entre brumas


E então eu a vi
Pelas costas
Aquela escultura longilínea
A se afastar
Por caminhos desconhecidos
Quisera saber o que a esperava
Mas não tive coragem
E a deixei partir
Foi assim que me vi
Em meio à bruma
Sozinha no porto
Quando naquele dia,
Mais uma vez,
Me despedi de mim!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nova Trilha

Todo mundo tem uma trilha sonora particular...
Eu tenho várias!!!
Mas há um trecho em particular que diz muito sobre mim...
Sobre o que espero da vida...
Diz assim:
"Eu não gosto do bom gosto
Não gosto do bom senso, não gosto dos bons modos,
Não gosto...
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem!!!"
É isso!
Simples assim...
Gosto de quem tem gosto pela vida...
Dos que fazem tudo ao mesmo tempo...
Dos que não se saciam...
Que têm fome de vida
Que morrem de desejo... de vontade!!!
Que secam, que ardem!!!
Dos que são intensos!!!
Levo a vida assim...
Devagar mas sempre com pressa!!!
Não gosto do que é velho...
Gosto do que é antigo, porque tem estória!!!
Gosto do novo, porque tem vontade, atitude!
Gosto do que se lamenta mas faz o mundo acontecer...
Gosto do que sofre e aprende suas lições!!!
Gosto de quem vai atrás!!!
Que caminha, que chega, que conquista...
Gosto do movimento...
Das outras coisas... inertes, pragmáticas, patéticas, dessas não gosto!
Das coisas óbvias, prefiro ver além!
Gosto do que questiona!
Sempre girando e girando e girando!!!
Enfim!!!...