sábado, 31 de dezembro de 2011

História de Final de Ano


Então ela vivia um novo velho conflito:
_ Meus erros mais dantescos correspondem ao acerto mais faraônico que cometi...
É facil olhar a vida como a uma obra de arte, estando de fora, como espectador... mas ela não queria ser só plateia!
Qualquer movimento pode tornar a obra um sucesso ou um fracasso, e agora ela estava lá, altiva, elegante, à beira do penhasco mais alto, na paisagem mais bela que conseguiu compor, vestido leve, um lenço esvoaçante no pescoço, céu límpido, cálido e à sua frente o abismo...
... sinistro, insinuante, convidativo...
Mais uma vez o conflito: De que vale toda essa beleza sem um pouco de dor?!
Como ser de profundidades, mais uma vez ela se jogou...
Quantas telas irá ainda gastar até encontrar a obra prima de sua vida...
Cada pedaço, cada milímetro do seu ser sabe que não, cada célula conhece as dores dos vales profundos, mas não adianta, ela sempre volta, surgida como a fênix, e se joga novamente, como maldição mitológica.
É preciso estar muito atento para não cometer os mesmos erros, mas ela não, ela não desenvolveu esse potencial de atenção!

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